domingo, 31 de dezembro de 2017

Contra a indiferença

Hoje é o último dia deste ano de 2017, e como não sei se por aqui ainda volto a passar hoje, aqui fica mais um dos meus apontamentos, que registo num caderninho que trago sempre comigo, para depois, na primeira ocasião postar.
E mais uma vez me sinto agressivo perante tudo o que me choca neste mundo imundo em que vivo, e me faz pensar que o facto de qualquer homem ser um ser pensante, criativo e social, não é apenas uma característica como podem haver muitas outras características, mas fundamentalmente uma condição, a tal condição humana de que já falou André Malraux.
Depois há este meu estar sempre em luta contra a indiferença, contra a miopia dos olhares da gente pequenina de que tantas vezes me sinto rodeado, para que os meus esforços de ser diferente, não sejam esperanças abortadas, mas possa sentir sempre que quando piso o chão o reconheço sagrado, numa eterna sagração de uma primavera que procuro trazer sempre dentro de mim, para nunca me ver encurralado dentro dos meus próprios raciocínios, até te poder ver, bem à minha frente, a sorrir-me, mulher que tanto amo há tantos anos. E foi nesse teu sorriso que me deitei e descansei das minhas más disposições contra a indiferença e a miopia esperando não ter que me confrontar com muitas no ano que está a chegar.

Sem comentários: