domingo, 14 de agosto de 2016

Eu a pensar

A realidade é como o branco, que resulta da reunião de todas as cores do arco-íris. Comigo passa-se o mesmo: noutros tons, sou o que resulta dos muitos outros tons, feitos gente,  que amo e amei, e em que me dissolvo todos os fins de tarde. Quando amanhece continuamos juntos e depois desfazemo-nos para todos juntos sermos um.
A nossa realidade é a fusão, por um lado do universo ideal-lógico-racional-matemático-abstracto e, por outro lado, do universo existencial- afectivo-histórico-imaginário. E eu nesse pluriverso, encontro-me sedento de mim, para então poder matar a sede ao outro que amo e por quem me perco nos espaços interestelares.
E no meu nível, a realidade é a unidade da lei empírico-racional e da afectividade que, sem lei nem roque , se torna a fantasia que me enche de amor por ti, meu amor. E então a nossa realidade acaba por ser a simbiose do concreto (o vivido) e do abstracto (o racional). E é então que consigo ler o vento que por mim passa e me  enrodilha em sentimentos estranhos. E esqueci-me de mim e senti-me à luz da história a deixar-me ir de braço dado com o vento, como quem vai com a própria sombra por companhia, em busca do espanto e de ti, meu amor.
Depois foi quando fui até Óbidos encontra-me com Josefa Ayala e Figueira que tinha nascido em Sevilha e que o pai trouxe para viver em Óbidos. Esta , mais tarde conhecida apenas por Josefa de Óbidos teve o condão de me enfeitiçar e fazer de mim uma das suas naturezas mortas que passei a ter na minha casa de jantar onde apesar de português aprendi a comer pratos típicos de Sevilha e viajar mais tarde no rio Sado nos típicos barcos a que se dá o nome de aiala.

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