sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Duas definições, ou mais.

Holograma, que é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz e que podem gerar imagens em três dimensões.

Pro Bono, que é a forma reduzida da locução latina "pro bono publico", isto é,  pelo bem público ou ainda em benefício do público.

E acrescento uma terceira definição, a de mim, e que é eu ser o esquecimento que um dia sei que vou ser. Além disso há em mim uma certa moral anarquista, em que as cicatrizes do amor me marcaram muito mais que as do ódio, porque até cheguei a pensar que não havia, na minha vida, espaço para errar ou para sofrer imprevistos.

E mais: será que Zoroastro, ou como também é conhecido, Zaratustra, tenha tido conhecimento da fenomenologia do fogo significante? Limito-me a conceder à paráfrase, essa possibilidade de eu fazer a interpretação de um texto com palavras minhas, a pequenez da traduzibilidade.
E fico a pensar que o zero é mais ou menos qualquer coisa, pois ao ser zero, necessariamente que já é ser qualquer coisa.
E esse tal fogo será que pode ser o relâmpago que ateia o fogo da contraditoriedade? E o que é o preto, e a escuridão, o silêncio que o nosso ouvido consegue ouvir? E cai a noite nos meus pensamentos, deixo de os poder ver e penso que a escuridão é isto. Só porque a sinto, existo.

E então refugio-me numa metáfrase que é um termo que não é capaz de ser sintaticamente reestruturado de uma classe gramatical para outra.
E vejo o quadro de Magritte, apenas um cachimbo preto em fundo claro, e leio a célebre frase "isto não é um cachimbo".
E confronto-me com A Traição das Imagens.

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