segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Anjos

E dei comigo  fixado no jogo dos anjos, que batem as asas para se poderem movimentar de um lado para o outro, e que têm asas conforme as categorias que Deus lhes atribui, conforme o céu os desenha. Se são anjos ou arcanjos, se são anjos do bem ou do mal, e em que Lúcifer acumula, pois sendo anjo da luz e do bem, também o é das trevas e do mal. E a vê-los cirandar pelo céu, invejando-se uns aos outros, choro, porque mesmo que sejam só alegorias e liberdades poéticas, são coisas retidas no meu inconsciente, fechadas numa caixa de Pandora, sempre por abrir completamente, a deixar-se apenas adivinhar como uma mulher vestida com roupas transparentes, mas por quem me apaixonei perdidamente, nunca sabendo bem se por ela ou se por aquela inquietante transparência.

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