segunda-feira, 3 de junho de 2013

Penso

Penso que cada vez me sinto um ser que é muito simplesmente um lugar de nomadismos artísticos. Enquanto artista de mim mesmo, vou andando de um lado para o outro, sem um tempo, sem um espaço, fazendo traços a que chamo luzes, brilhos, numa linguagem só minha, feita de olhares, imagens de sonhos já esquecidos e até de algumas palavras que invento para a ocasião, sem sentido, porque é nesse sem sentido que lhes encontro sentido.
E nómada que continuo a ser, penso que ainda não aprendi quase nada da vida, teimosamente agarrado a um tempo que nunca mais consigo que seja verdadeiramente meu, neste ser sempre Eu e o Outro, à Hermann Hesse, Narciso e Goldmund, Shidartta ou um vulgar Lobo das Estepes.
Amo, isso sei muito bem que amo.

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