sábado, 24 de novembro de 2012

Transformação

Sinto-me sempre numa constante e permanente transformação, numa espécie de fluidez onde me deixo ir como se numa piroga, na suave e lenta corrente de um rio.
E sinto-me nessa mimese em que sou o transformador e o transformado, em que me sou as várias formas de outros, deixando-me vestir de outras cores, de ter outros aspectos, e outras maneiras de sorrir.
E vou-me transformando mais e mais em ti, numa fusão que só o amor permite, deixando de pensar para apenas te pensar. E já não sou eu, mas tu, e por isso quando te saúdo, digo: ó eu. E já não me sinto só.
Depois, também o curso do rio muda, a corrente torna-se mais forte e precipita-se no mar, dissolve-se e perde-se nele como quando te abraço, meu amor.

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