sábado, 24 de novembro de 2012

F. Pessoa

Fico satisfeito quando leio que um escritor inglês, de que não me lembro do nome,  chama ao "Livro do Desassossego" o livro do século, e um outro, Remy Hourcade, diz que a "Tabacaria" é o mais belo poema do mundo.
O slogan da Coca-Cola, dizem que inspirado na "Vida de D. Quixote e Sancho" de Miguel de Unamuno, e que muita gente cita "Coca-Cola, primeiro estranha-se depois entranha-se" é de Fernando Pessoa também.
Como este grande poeta, sempre e desde muito novo exerceu em mim um fascínio espantoso! Pensava-o a todo o momento, lia a Poesia, nos seus vários heterónimos, as "Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, as "Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literária" e a sua "Filosofia I e II", em que tudo era um viajar por caminhos que eu ia descobrindo e onde também eu me ia descobrindo neles. Como o amei!
Fazia nesse tempo ginástica no antigo Ginásio Clube Português, ali ao Ferreigial, perto do Cais do Sodré, e parava muitas vezes à porta do 17, se bem me lembro, na rua do Ferreigial de Baixo, um conhecido Lupanar daquela altura, e onde ouvi dizer que o Fernando Pessoa tinha uma admiração muito especial por uma tal Madame Carriço, dona do bordel.
Tantas vezes me apeteceu lá entrar a pensar que ela ainda seria viva e me contaria histórias dele.

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