sábado, 24 de novembro de 2012

Biblioteca

Quando chego a casa a primeira sala onde entro é na biblioteca. Ponho em cima da secretária as tralhas que trago de fora e depois gosto de me sentar um pouco no sofa a olhar para as estantes, para os livros.
Como que faço um descansativo passeio de fim de tarde, e deixo-me envolver por aquela quase vida que deles transpira.
Vejo-me em Biblo, hoje Gebel, na Fenícia hoje Líbano. E recuo no tempo, reencontro-me com personagens que preencheram o meu imaginário, relembro histórias, factos, teorias, teses, romances, ensaios sobre as mais variadas matérias, e até livros de aventuras que tanto me fizeram sonhar quando eu era mais pequeno, e ainda sonho, na verdade.
Estes meus livros são um tesouro, onde há de tudo um pouco, e que me ajudam de uma maneira ou de outra a viver, não só a minha singularidade mas a minha pluralidade, neste meu universo muito meu a que tantas vezes por isso mesmo chamo pluriverso, e onde ao encontrar-me comigo mesmo, me encontro com o meu primeiro outro.
E passo as mãos pelas lombadas como se estivesse a passar as mãos por um corpo amado e sempre apetecido.

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