sábado, 17 de novembro de 2012

Sou afectivo

Sou afectivo por natureza, de nascença, como também se diz. Tenho e sinto pelos outros um amor forte, autêntico, e quando sou amigo de alguém, esse alguém pode ter a certeza de que nunca está sozinho. E com a vida, ou com a idade, sinto que não tenho qualquer pudor em expressar esse afecto, até porque, e digo isto muitas vezes, tenho para mim que a amizade é a mais pura forma de amor, já que não vive da necessidade, mas assenta na interioridade da vivência amorosa.
E dou graças a Deus, por sempre me ter dado amigos a quem amo, a quem posso amar e por quem me sinto amado, com a intensidade de tudo o que é puro e se purifica por, e nessa mesma intensidade.
Às vezes posso não ser compreendido, o que nem sequer me espanta nada, porque o amor é raro e não se compreende: vive-se e sente-se no abraço que é corpaço, porque é amplexo de sentires e que só a verdadeira amizade permite. E como dizia Albert Camus "porque será preciso amar raramente, para amar muito?" Sim, amar mesmo, é raro, meu amigo.
E digo-te isto agora, porque como já to disse tantas vezes, é como se fosse sempre a primeira vez que to digo. É um prazer que sinto, este de me convencer e ficar satisfeito comigo mesmo, por, e por fim to conseguir dizer, meu amigo.

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