Mas é dizendo que te digo? Ou é sentindo? Porque é que me hei-de reger pelas leis de um mundo a que não pertence o meu reino?
Jogo nos independentes, como dizia o meu Pai que Deus tem.
Mas... e jogo com quem? Comigo, e com as várias formas de mim. Reconheço que não é pouco!
Com estes diálogos que travo com o que me acontece e me faz ser, sinto-me num diálogo de Debussy, o do "vento e do mar", por exemplo.
Vento que sou, e me faz perder o norte a donde eu vim. Mar, por onde me aventuro e perco.
Sinto-me só neste mundo que não me compreende. Outro Zaratustra?
E fico reduzido ao vulgar, ao já visto,quando para mim o "déjá vu" não existe. Só a ideia dele.
Porque vejo sempre. E vejo porque sinto. E sinto porque sou. E...
Já o Leonardo da Vinci dizia que "todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos".
3 comentários:
Sentindo não me dizes nada, o cimento que cola as pedras dos teus castelos é só teu, és só tu e não o sei.
Edificas-te em mim como uma torre de silêncio e sangue no cima uma janela onde de ti espreitas...mas voltas para dentro.
Eu podia dar-te a mão sabes?Levar-te a passear...
Mas é sentindo que eu digo, e é dizendo que eu sinto. Ao escrever exponho-me. Por isso os livros não são para ficar na gaveta, São para publicar, tornar público. Se tudo correr bem publico outro em Novembro. E tenho mais na calha, escritos ou semi escritos.
E gosto que me leiam e me comentem. Riscos que corro! Mas ter nascido foi o primeiro risco que corri. E que continuo a correr. Só me soube proteger quando estive na guerra. Hoje, as balas são de papel. Tigres de papel, com dentes de palavras.
Que bom...estou cheia de vontade de os ler...mesmo.
Estou cansada,de sentir-me. As lágrimas que choro são tão quentes que queimam...evaporam ao minimo contacto com o ar...Outro dia, de tantas, transformaram-se em gordas nuvens espessas...não as aproveitaste para descer...assim continuo à tua espera, sem saber quem és...
Tenho uma rapunzel dentro de mim.
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