domingo, 26 de novembro de 2017
Jorge Luís Borges
Dizem que todos os caminhos vão dar a Roma. Não sei bem, e se calhar não é bem assim. Os meus caminhos, por exemplo. Alguns vão com certeza dar a Roma e levam-me a ver as esculturas de Bernini ou os quadros de Caravaggio mas os espelhos de Borges confundem-me. Sinto-me a replicar uma vida que não é nem nunca foi a minha, e acabo por me perder nas florestas de enganos onde sempre pensei que algum dia me ia fazer árvore, e enfiar as minhas raízes até ao outro lado do mundo.
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