domingo, 26 de novembro de 2017

A Sombra do Vento

Acabei de ler dois livros de que gostei imenso: "O Menino de Cabul" e "A Sombra do Vento".

Apetece-me falar um bocadinho de "A Sombra do Vento".

É de facto um livro extraordinário e dos que mais me prendeu a atenção nos últimos tempos. Muito bem escrito, de maneira a conseguir arrastar o leitor sem o maçar, com uma história incrível, com laivos de poesia, por um lado, e de uma crueza como só pode haver em guerra e particularmente entre homens que no fundo são irmãos. Fez-me reflectir em muitas coisas que têm a ver com a natureza humana, mas também com a juventude, o amor, a amizade, essa extraordinária forma de amor, a decrepitude humana, a ascensão e a queda de tudo o que, porque é efémero na vida, ainda por cima é aviltado pela inveja, pelo ciúme, pela pequenez de espírito, pelo oportunismo. Lembrei-me de uma frase de Schiller, que sito no primeiro livro que escrevi "A Decadência do Sonho", e em que ele dizia "que até os deuses lutam em vão contra a estupidez". Que verdade, meu Deus! 

Sem comentários: