sábado, 2 de julho de 2016

Continuando

Educar não é só transmitir ao educando uma série de conhecimentos, mas aprender com ele a sua maneira de pensar e de sentir, de estar e de ser. A partir daí é uma interminável tentativa por ensaio e erro de acordar que a vida é um compromisso da pessoa consigo mesma e com o mundo que a rodeia, num processo criativo de reinvenção permanente, não só da vida como de todo um quotidiano, que necessariamente diverge de pessoa para pessoa.
Penso que seria bom que os pedagogos tivessem sempre presente e reflectissem sobre a frase do grande pedagogo português António Quadros que disse a certa altura :" chamemos-lhes alunos. Deveríamos antes chamar-lhes discípulos, se fôssemos capazes de ser mestres."
Hoje em dia transmitem-se imensas informações, que apenas requerem armazenamento, não obriga a pensar, a reflectir, o que não tem nada a ver com conhecimento pois para isso é preciso fazer o árduo caminho até à sabedoria.
Além disso penso que tudo na humanidade deverá ter uma dimensão afectiva, já que o mundo para mim deverá ser fundamentalmente afecto. Uma criança que cresce com afecto, virá a ser completamente diferente de outra que tenha crescido sem ele.

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