sábado, 2 de julho de 2016

Acordei a pensar. Acordo sempre a pensar. É um vício!
O ser, o conhecimento, a linguagem, aquela que uso para te dizer bom dia, para dizer bom dia ao mundo, e ter conhecimento do que digo, e saber que se o disse foi porque tive vontade, foi porque tive a bondade de agradecer o ter podido dizê-lo, foi porque vi a luz do Sol a entrar-me no quarto, no quarto onde todos os dias adormeço e morro, e me esqueço das horas em que vivi no mundo, e ao morrer começo a viver no outro mundo que só conheço em sonhos.
Sim sou louco ou pareço sê-lo quando digo estas coisas de que me vou lembrando. Por isso devo ter tantos amigos como inimigos. Tanta gente que gosta de mim e outra tanta que me detesta. Mas penso.
Os árabes dizem que quem não tem inimigos não tem valor. E é por isso que os quero ter, talvez soberba, talvez vaidade, talvez muito simplesmente esta vontade de ser diferente, o que pode chocar muita gente mas com o que não me importo nem um bocadinho. Sou, sou assim e gosto de ser assim.
E continuo a pensar todo o resto do dia, nas coisas mais insignificantes e noutras que se calhar valem mais a pena aquilo em que me perco e em que penso.

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