sábado, 1 de junho de 2013

Quando me sento

Quando me sento numa pedra no alto de um monte, a lembrar-me de mim, de como eu fui, de como eu era, vejo que as minhas memórias se perdem sempre pelos desertos onde me aventurei tantas vezes, e a viver tantas vidas.
Depois desço do monte para o deserto de mim e em que à noite acordo sobressaltado, pelo grito assustador que as rochas dão no deserto, quando estalam e se fendem com o frio gelado da noite a seguir ao calor tórrido do dia.
E eu sou essa amplitude térmica que aprendi a ser quando vivi no deserto e só me alimentava de tâmaras e gafanhotos.

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