sábado, 1 de junho de 2013

Procuro viver em Paz

Procuro viver em paz com a vida, com os outros e sobretudo comigo mesmo. Nem sempre isso é tão fácil como pode parecer à partida o que acaba por ser um constante desafio. Ou uma agonia, no sentido grego da palavra.
É um esforço apaziguador o que faço, este de tentar sempre fazer as pazes com o mundo, com este, de que sou parte, e face à realidade que me circunda,  e de que não posso fugir, ir aceitando como disse Schiller que "até os deuses lutam em vão contra a estupidez".
Acredito que o tempo é de facto um grande escultor, e que só o tempo tem tempo, e os deuses, eu é que não, o que me faz sentir reduzido a um quase nada, quando me confronto com esse tempo de que nunca percebo nem o princípio nem o fim. É uma espécie de vento!
Até chegar a um ponto qualquer que me satisfaça, sofro, ao sentir que não sou capaz de mais, que me faltam as forças, "o engenho e a arte, e que só me resta dizer poemas, ler poemas, convencido que só neles é que vivo o milagre da palavra, da linguagem, da comunicação.
Procuro viver em paz, porque só assim consigo viver o Amor.

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