sexta-feira, 1 de março de 2013

O pão nosso

O pão nosso, o corpo nosso. O vinho que se bebe é o sangue que corre nas veias divinas.
Mas o bêbedo morre de cirrose, e o condutor toldado pelo vinho morre deixando o seu carro ir por uma ribanceira abaixo.
E o corpo nosso, que nos embebeda o espírito e os sentidos, não nos deixa ver senão o espaço onde o tempo passa quase despercebido.
O meu sangue, este vinho, o meu corpo, este pão. E se "então sereis como deuses", amasso o pão e construo o teu corpo amado, que depois mergulho no vinho sagrado e é quando bebo o sangue da vida. O nosso corpo, o nosso sangue, a nossa vida a dois, há tantos anos !
O nosso tudo, que nos transcende, só porque nos amamos.

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