sábado, 17 de novembro de 2012

Existo

Existo, porque para mim, o alimento fundamental da existência, é mesmo esse sentir que existo.
E este existir não tem que ter corpo nem forma, porque o existir, o ec-xistir, é o saber que posso conter em mim mesmo (porque em si mesmo) a possibilidade existencial de auto-transcendência, de me auto-transcender.
E é assim que existo, numa espécie gerúndica de me ser, na medida em que me vou transcendendo.
Utopia? não sei, nem tenho, na verdade, nenhuma resposta para dar a ninguém, senão a que vou dando sempre a mim mesmo, porque também acredito que só cresço e progrido, à medida que vou concretizando utopias umas atrás das outras. E isto também nem sequer é uma resposta: é um sentimento, um sentimento de mim.
Afinal só existo na utopia, porque é sempre nesse não-lugar que acabo por me encontrar e sentir que existo.

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