domingo, 25 de novembro de 2012

E vivo

E vivo  nesta cidade feita de sonhos perdidos, mas onde me sinto bem, apesar de tudo, porque é nela que encontro como procurar os pedaços, os fragmentos, de um mundo que julguei ter encontrado um dia, em que dei comigo a passear-me pelas margens da vida.
Durante muito tempo fui construindo esse mundo, amassando-o como se fosse barro nas mãos de um oleiro, ou como se fosse uma pedra de um monte arrancada pelas mãos de um estatuário.
Depois fiz disso tudo um sonho, uma quimera, não como antónimo de realidade, mas porque feita dos pedaços de tudo o que durante a vida me enterneceu.

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