domingo, 2 de outubro de 2011

Escrevo

Escrevo para esconder pensamentos. Escrevo para me poder esconder nas palavras que não digo. Escrevo para assim esconder as almas de que me faço. Escrevo como quem sonha sonhos que já há muito tinha sonhado. Escrevo para me sentir perto de ti, perdido nesse teu universo em que me sou enquanto ando à tua procura. Escrevo para me poder calcorrear pelas estrelas do teu sentir, e sentir que elas é que me ensinam o caminho para até ti poder chegar. Escrevo para esconjurar os meus medos, guardados a sete chaves dentro dos meus fantasmas. Escrevo para dar uma cara à vida e para dar uma alma ao sonho. Escrevo para me esconder do que digo, do que te digo, meu amor, sem palavras.
Escrevo para poder sentir melhor as garras da história a cravarem-se com toda a força, bem fundo, no meu peito já dorido.
Escrevo porque sei que o mar é uma imensa lágrima que também chora de tristeza quando me olha e vê a escrever e adivinha como tenho a alma partida, repartida, perdida um pouco em tudo aquilo que escrevo.

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