Na Amizade a aproximação é sempre assintótica, porque, como na geometria, para uma curva plana, é uma linha em que a distância entre um ponto P sobre a curva, e a linha, se aproximam do zero, quando a distância do ponto P à sua origem aumenta indefinidamente, isto é, por mais que se aproxime da recta, nunca a chega a tocar.
Porque tocar seria atingir o absoluto, e a nós humanos, e como já dizia Píndaro nas suas "Odes Pindáricas", só nos resta rasgar as fronteiras do possível.
Duas rectas só se encontram no infinito, dizia Euclides. Mas e o que nos trarão de novo as novas geometrias? As não-euclidianas?
E penso nos fractais, por exemplo, ao possuirem uma dimensão fraccionária e apresentarem uma auto-simitude nas suas figuras.
Monet aboliu o espaço. Manet aboliu o tempo, ou fê-lo de momentos na sua pintura.
Não pinto, mas também faço de momentos as Amizades que vou podendo viver. E vivo-as também sem espaços e sem tempos. Vivo-as.
E acabo por pensar que para mim, as geometrias variáveis são as que melhor se adaptam às minhas singularidades. Ou então ser plural, como disse o Poeta.
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