segunda-feira, 3 de junho de 2013

Li tudo

Li sempre tudo o que tinha à mão e fui sendo influenciado por uns mais do que por outros, e interessei-me por tudo um pouco, neste decadentismo civilizacional em que nasci e tenho vivido.
Se por um lado a poesia pesou muito, desde Safo e Homero, desde Pessoa e Torga, passando pelo genial António Boto, por outro lado a filosofia de um Kierkgaard, com o Desespero Humano ou o Conceito de Angústia, ou de Nietzsche com o Assim Falava Zaratustra, prepararam-me para os modernismos franceses e os futurismos italianos para, por fim com  Heidegger sentir que todos  acabaram por me dar a pouco e pouco a possibilidade de ser eu e a minha sensibilidade, eu e a minha filosofia, eu e a minha poesia.
Entretanto li Teilhard de Chardin e comprometi-me com a existência da ontosfera, a consciência de um nada ontológico, e parti vezes sem conta à procura do meu ponto ómega.
Tudo isto e muito mais foi em mim mesmo um permanente acto criador.
E quando li Sartre também cheguei à conclusão de que "o inferno são os outros".

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