sábado, 24 de novembro de 2012

Ser posterior

Ser posterior a mim, voar como Ícaro a caminho do Sol, para me sentir perdido num além qualquer que desconheço, mas de onde me pudesse ver e olhar, como se eu fosse outro que estivesse por mim a passar.
E fui pondo no papel o que imaginava, e fui sendo assim, um contador de histórias, da minha própria história que nunca tinha conhecido. Fui-me fazendo da minha própria imaginação e sem dar por isso aproximei-me de mais do Sol, e ele derreteu-me as asas. E comecei a cair.
E caí num Egeu só meu, um Egeu que um dia me prometi demarcar no mapa e construir, como quem constrói um barco só para ir à procura do mar.
E foi lá lá que eu estava, já há uns tempos, porque me tinha antecipado e chegado primeiro do que eu.

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