segunda-feira, 30 de julho de 2012

Carta ao meu destino
Não sei quem és, nem porque te sinto, nem porque te sou, tantas vezes, destino.
Esse, com que me vivo as paisagens do meu sonho, que tantas vezes me esmagam, mas que continuo a percorrer como um louco, que anda sem saber para onde vai, ou como uma criança que começa a dar os primeiros passos sem saber que também cai.
Mas vou, porque sei que vou contigo, destino que alguém me deu, ou se é esse outro eu de que me faço, desfaço, nesse outro sonho em que me perco, numa procura constante, obsidiante, ritual, feita de percursos que invento, de rotas que imagino para conseguir chegar a ti, contigo ao meu lado, destino.
Sou como sou, assim, atento a tudo o que me desilude, ilude, atento ao tempo que passa, que por mim passa, mas me deixa parado, esquecido, abandonado a um tempo sem tempo, e sem nada.
Um tempo que apenas parte, me reparte, sempre tal como tu, destino.

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