sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Perco-me, sempre . . .

Perco-me sempre nesses teus olhos azuis, de um azul que sempre achei serem da côr do sonho. De um sonho que tenho sonhado sempre desde que vi esses teus olhos azuis. Sempre azuis.
E os teus beijos sabem-me sempre aos desertos que tantas vezes atravessámos juntos, à procura dos oásis do nosso contentamento, e onde por fim nos dessedentávamos de uma sede que tínhamos sempre um do outro, e que ao percorrermos as veredas nos areais desses desertos que inventávamos só para nós, ia crescendo, e sendo, sempre, a sede de nos termos, por fim, "sem que houvesse entre tu e eu, nem um eu nem um tu" como dizia esse poeta persa, Rumi, de que tantas vezes te falo.
E continuo a perder-me, sempre, em ti, numa busca de um absoluto qualquer, que só existe porque o vou sonhando, que só existe porque não é nenhum absoluto mas alguma coisa de relativo, feito desses teus olhos azuis que sempre me souberam a sonho.

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