segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Que Estranho

Já morri tantas vezes que até já me começo a cansar de morrer tanto.
Acredito que haja quem viva uma vida inteira sem morrer. Refiro-me a estas pequenas mortes, que vão desde o acabar do acto amoroso até ao desencanto com o que vou vendo à minha volta e que nem sempre me deixa viver. Não sei como é que essas pessoa fazem, ou por outra, estou agora aqui a pensar que se calhar sempre estiveram mortas, só que nunca deram por isso.
Eu cá vou tentando conseguir ser, o que acho possível ser quando de facto se vive.
"Diem Perdidi", dizia Frei Bartolomeu dos Mártires quando se calhar via cair a noite sem ter dado conta que o dia tinha acabado. Apenas o tempo tinha passado!
E eu digo também Vida Perdida, quando às vezes chego ao fim do dia e dou conta que não morri. Que estranho! Que estranho estar vivo e não saber o que é viver. Que estranho!

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